Verificação de fatos: Os robôs vão nos substituir?
16 maio 2024
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Verificação de fatos: Os robôs vão nos substituir?
O surgimento da inteligência artificial (IA), da automação e da robótica gerou tanto expectativa quanto apreensão em relação ao futuro do trabalho. Com a explosão dos avanços tecnológicos, a pergunta “Os robôs vão tirar meu emprego?” é válida. Nos próximos cinco anos, 1 em cada 16 trabalhadores poderá precisar mudar de carreira devido à robótica e à IA (McKinsey)1. Muitos deles são trabalhadores altamente qualificados.
Por mais alarmantes que sejam essas previsões, é fundamental observar que os robôs apenas causarão um reposicionamento, e não uma substituição completa. É pouco realista prever a completa substituição de empregos por robôs, e podemos encontrar evidências históricas que sustentam essa visão.
Criação de novos empregos
A história demonstra que os avanços tecnológicos normalmente criam mais empregos do que eliminam. Embora os robôs e a automação possam deslocar funções específicas, eles também abrem caminhos para o surgimento de novas ocupações. É fundamental adaptar-se a essas alterações e aproveitar as oportunidades que elas apresentam.
A criação de novos empregos geralmente está associada ao aumento da produtividade. As empresas que adotam novas tecnologias trabalham com mais eficiência, aumentando a produção dos funcionários. Esse aumento de produtividade pode impulsionar a expansão da empresa, resultando em mais oportunidades de emprego. Além disso, o aumento da eficiência pode reduzir os preços, estimulando os gastos dos consumidores e a criação de mais empregos em vários setores.
A integração da robótica nas fábricas gerou funções na fabricação de robótica, no desenvolvimento de software e na integração de sistemas. Da mesma forma, áreas como inteligência artificial, ciência de dados e segurança cibernética tiveram um crescimento significativo. No entanto, essa abundância de mão de obra contribui para outro desafio que os seres humanos enfrentarão em breve.
Escassez global de mão de obra
A iminente escassez global de mão de obra deve ser mais discutida, já que o declínio das taxas de natalidade e o envelhecimento da população em países como China, Coreia do Sul e Japão agravam esse problema. Até mesmo os Estados Unidos estão passando por isso, pois as taxas de fertilidade caíram 3% no ano passado (CDC). A taxa de fertilidade está bem abaixo da reposição há décadas. Entre as nações desenvolvidas, a divisão entre os adultos em idade ativa e os aposentados será de quase 50/50. Ou seja, muitas pessoas dependem da classe trabalhadora em nossos níveis atuais de eficiência. Com essas alterações demográficas, soluções inovadoras são imperativas para manter a produtividade econômica.
Porcentagem de idade ativa versus idade de aposentadoria
Fonte: Nações Unidas. A partir de julho de 2022. Índice anual de dependência de idosos [mais de 65/20–64] (%). * Presumindo fertilidade e mortalidade constantes. Eles não pretendem ser uma previsão ou prognóstico de resultados futuros.
Nesse contexto, os robôs e as tecnologias de automação podem ser aliados valiosos em vez de adversários. Ao aumentar a mão de obra humana com assistência robótica, as indústrias podem mitigar a escassez de mão de obra e aumentar a eficiência. Por exemplo, no Japão, onde o envelhecimento da população representa um desafio significativo, os robôs são implantados em ambientes de saúde para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
Natureza complementar de humanos e robôs
Com sua capacidade de lidar com tarefas precisas e repetitivas, os robôs ainda dependem do insight humano para atividades que exigem flexibilidade, pensamento criativo e tomada de decisões com nuances. Essa dependência mútua reforça o argumento da colaboração, e não da concorrência, à medida que avançamos em direção ao futuro do trabalho.
Os robôs colaboradores, ou “cobots”, estão se entrelaçando nessa dinâmica, revolucionando o cenário da manufatura com soluções de automação seguras e econômicas. Esses cobots inovadores operam em conjunto com trabalhadores humanos, ampliando o escopo da automação por meio de interfaces fáceis de usar que aumentam a produtividade e a segurança no local de trabalho.
Esse aumento na automação elimina as tarefas monótonas da carga de trabalho humana, dando aos trabalhadores a liberdade de contribuir com habilidades cognitivas mais elevadas que exigem inteligência emocional, pensamento crítico e habilidades interpessoais, características genuinamente humanas e fora do alcance da substituição mecânica.
Investindo no futuro
O aumento da robótica e da automação não representa um prenúncio de desemprego, mas uma oportunidade de sustentabilidade econômica. Longe de tornar o trabalho humano obsoleto, esses avanços tecnológicos garantem a continuidade do trabalho em face da escassez global de mão de obra e da aposentadoria das gerações mais velhas. Ao combinar a eficiência robótica com a criatividade humana e a solução de problemas, podemos forjar um futuro colaborativo que eleve a produtividade e promova a criação de empregos nos setores de IA, ciência de dados e robótica.
Os investidores podem participar do crescimento de setores preparados para moldar o futuro do trabalho por meio de instrumentos como o VanEck Robotics ETF, capturando o crescimento de setores voltados para o futuro e, ao mesmo tempo, permanecendo cientes das tendências mais amplas que moldam nossa economia em evolução. O futuro não deve ser temido, ele deve ser moldado com otimismo, onde os seres humanos utilizam as máquinas para progredir em direção a um futuro próspero.
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